Global Interest Rate Watch: A 2025 Cutting Cycle — Mas não nos EUA

🔍 Global Interest Rate Watch: A 2025 Cutting Cycle — Mas não nos EUA

Enquanto bancos centrais globais já sinalizam cortes de juros para 2025, o Federal Reserve mantém postura cautelosa e divergente, sob pressão política e com o mercado ajustando expectativas.

🚨 Principais destaques desta análise

• 📉 O Federal Reserve mantém a taxa de juros entre 4,25% e 4,5%, adotando postura "wait-and-see" apesar da pressão política de Donald Trump.

• 🌍 Bancos centrais desenvolvidos, como Suíça e BCE, já iniciaram ciclos de afrouxamento monetário, sinalizando cortes para 2025.

• 🇯🇵 Japão segue como exceção, apertando política monetária em meio à alta inflação local.

• 📊 CME FedWatch Tool indica crescimento significativo na probabilidade de corte de juros pelo Fed ainda em 2024 (42%).

• 📈 Mercados emergentes mostram comportamento heterogêneo, com Brasil e Rússia mantendo taxas elevadas, enquanto países nórdicos sincronizam cortes e altas.

❓ Por que o Federal Reserve mantém juros altos enquanto outros bancos centrais já começam a reduzir?

O Federal Reserve enfrenta um dilema complexo. Embora o cenário global indique uma tendência à redução das taxas de juros, o Fed mantém sua política monetária mais rígida, refletindo preocupações específicas com a inflação e a robustez do mercado de trabalho americano. A pressão política exercida por Donald Trump para cortes mais agressivos cria um ambiente de incerteza, mas Jerome Powell reforça uma abordagem cautelosa para evitar que a inflação retome força, especialmente diante dos impactos indiretos de tarifas e tensões comerciais. Assim, o Fed sinaliza que está "à espera" para observar os próximos dados econômicos antes de ajustar sua estratégia.

Análise Completa

Na primeira metade de 2024, o cenário global de política monetária apresenta sinais claros de que muitos bancos centrais desenvolvidos já iniciaram ou planejam iniciar ciclos de corte de juros para 2025. Exemplos recentes incluem a Suíça, que retornou ao regime de taxa zero devido ao receio de deflação e valorização excessiva do franco suíço, e o Banco Central Europeu (BCE), que promoveu seu oitavo corte consecutivo no início de junho para estimular a economia da zona do euro.

No entanto, o Federal Reserve (Fed) americano destaca-se como uma exceção. A recente manutenção das taxas no intervalo de 4,25% a 4,5% reforça uma postura mais "hawkish" (mais rígida), apesar da pressão pública de Donald Trump para acelerar os cortes. Essa diferença reflete fatores internos nos EUA: o mercado de trabalho ainda se mostra resiliente e a inflação, embora em queda, permanece uma preocupação. Jerome Powell, presidente do Fed, indicou que a política será baseada em evidências e dados futuros, evitando decisões precipitadas.

Essa divergência torna-se ainda mais evidente quando comparada à política monetária do Japão, que caminha no sentido oposto, aumentando juros para conter uma inflação crescente.

Além disso, os dados do CME FedWatch Tool revelam um aumento expressivo na expectativa do mercado sobre possíveis cortes de até 75 pontos base ainda em 2024, algo que há pouco tempo era considerado improvável. Essa mudança pode refletir não só os efeitos das pressões políticas, mas também sinais recentes de desaceleração econômica e incertezas globais.

No segmento dos mercados emergentes, a situação é diversa. Países como Brasil e Rússia mantêm taxas mais elevadas, buscando controlar pressões inflacionárias internas, enquanto os bancos centrais dos países nórdicos mostram maior sincronia em seus ciclos de alta e baixa.

Para quem acompanha o cenário macroeconômico global, a nossa dashboard de política monetária oferece uma visão ampla e atualizada sobre juros e decisões dos bancos centrais, auxiliando na análise estratégica e na antecipação de movimentos importantes para 2025.

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Fontes: CEIC Insights – Industry Report.