Snapshot da Economia Brasileira - Q2 2021
O crescimento do PIB real brasileiro no 1T 2021 foi de 1,2% trimestre a trimestre, com ajuste sazonal, e 1% na base anual, sem ajuste sazonal, após quatro trimestres seguidos de queda. No comparativo interanual, a economia brasileira foi impulsionada por um forte crescimento dos investimentos. A agricultura e a indústria também apresentaram crescimento, contudo, o setor de serviços registrou uma contração.
O valor das vendas no varejo registrou um aumento anual de 9,5% nos três primeiros meses de 2021, puxado pelo segmento de produtos domésticos e de uso pessoal. Porém, apenas três das oito atividades apresentaram aumento das vendas, principalmente produtos domésticos e de uso pessoal, farmacêuticos e eletrodomésticos.
A taxa de desemprego foi de 14,7% entre janeiro e março de 2021, o maior valor desde 2012.
Preços mais altos nos grupos de transporte e energia levaram o índice de preços ao consumidor amplo, o IPCA, a aumentar 6,1% no acumulado de 12 meses terminados em março de 2021. O aumento da inflação fez com o comitê de política monetária do Banco Central elevasse a taxa básica de juros (Selic) em duas ocasiões nos primeiros cinco meses de 2021, para 3,5% ao ano.
O índice da bolsa de valores B3 terminou o 1T 2021 em 116.633 pontos, abaixo dos 119.017 do final de 2020. O Real desvalorizou-se 22,8% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior para uma média de R$/US$ 5,47 no 1T 2021.
A melhora da atividade doméstica ajudou o desempenho fiscal do 1T 2021. O superávit primário do setor público consolidado foi de R$ 56,1 bi no período, uma alta interanual de 341%. O resultado mais forte se deu por conta dos resultados mensais de março, quando o governo central recebeu um pagamento antecipado do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que adicionou R$ 38 bi às receitas do Tesouro Nacional.
O saldo da balança comercial de bens foi positivo em US$ 7,9 bi no 1T 2021, uma vez que as exportações registraram um crescimento interanual de 15,7%, alcançando US$ 55,4 bi, enquanto as importações cresceram 4,1% ano a ano, para US$ 46,7 bi. As projeções do Ministério da Economia, divulgadas no início de abril, apontam para um superávit comercial acima de US$ 89 bi em 2021, o maior nível desde 1989.
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A análise acima é uma parte do Snapshot da Economia Brasileira, que é uma publicação trimestral produzida pela equipe de macroeconomia da CEIC. O relatório foi concebido para fornecer uma visão abrangente, embora concisa, da evolução recente dos indicadores econômicos e financeiros.
O Snapshot da Economia Brasileira é produzido utilizando dados das bases CEIC Brazil Premium e CEIC Global Database. Clique e solicite uma demo.
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