Selic em menor patamar histórico
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu por cortar a taxa básica de juros da economia brasileira de 6,50% para 6,00% ao ano. A redução de 0,5% carrega mais indicações de cortes a frente e exprime o décimo terceiro corte desde quando situava-se no patamar de 14,25% ao ano (entre julho de 2015 e outubro de 2016).
O Comitê considera em suas decisões a atividade econômica, a inflação, as contas públicas e o cenário externo. Para a presente decisão o Copom ponderou fatores como a persistente ociosidade das atividades industriais, refletida nos baixos índices da capacidade utilizada da indústria e na elevada taxa de desemprego; a inflação controlada e aprovação em primeiro turno da Previdência pela Câmara dos Deputados. Uma eventual frustração sobre a continuidade de reformas e ajustes necessários na economia também foram levados em consideração.
Em âmbito externo - embora menos adverso, em decorrência das mudanças nas perspectivas para a política monetária nas principais economias - ainda denota riscos associados a desaceleração da economia global.
Desdobramentos
Após a divulgação do corte pelo Banco Central, os bancos anunciaram redução das taxas de juros do crédito para pessoas físicas e jurídicas. Dentre os que se pronunciaram, o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Itau Unibanco.
A redução da Selic indubitavelmente reflete na saída de capital estrangeiro e na rentabilidade dos investimentos de renda fixa como a caderneta de poupança, CDBs com taxas pós-fixadas, fundos DI e títulos do Tesouro Selic que por sua vez, necessitarão de mais empenho e diversificação por parte dos investidores para que conquistem bons retornos.