BRICS: Lacuna entre Mercados emergentes e o G7 em expansão

BRICS VS G7
O artigo discute a expansão do bloco BRICS para incluir seis novos países, o que levou ao seu rebranding como BRICS+. O PIB agregado do BRICS+ deve superar o do G7 em 2028, mas o PIB per capita do BRICS+ ainda está significativamente abaixo do do G7.
BRICS VS G7

O bloco BRICS passou por sua primeira expansão em mais de uma década, e as implicações para a economia global são significativas.

O bloco expandido agora é lar de algumas das economias de crescimento mais rápido do mundo, e seu PIB está projetado para superar o do G7 nos próximos anos.

Essa mudança no poder econômico provavelmente terá um impacto significativo na ordem global, e será importante observar como o bloco BRICS+ se desenvolve nos próximos anos.

Neste artigo, você poderá entender as questões abaixo:

  • A expansão do bloco BRICS é um sinal do crescente poder econômico dos países em desenvolvimento.
  • O bloco agora é lar de alguns dos países mais populosos do mundo, e sua população está projetada para continuar crescendo nos próximos anos.
  • O PIB agregado do bloco está projetado para aumentar significativamente nos próximos anos, e é provável que supere o do G7 em um futuro próximo.
  • A expansão do bloco provavelmente terá um impacto significativo na economia global, e será importante observar como ela se desenvolve nos próximos anos.

 

O que é o BRICS?

O BRICS é um bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O grupo foi criado em 2009 com o objetivo de promover a cooperação econômica e o desenvolvimento entre os países membros.

Os países do BRICS são economias emergentes com grande potencial de crescimento. Juntos, eles representam cerca de 42% da população mundial e 27% do PIB global.

O BRICS tem promovido uma série de iniciativas de cooperação econômica, incluindo a criação do Novo Banco de Desenvolvimento, o Banco de Reservas Contingente e a Plataforma de Investimentos do BRICS.

O grupo também tem se envolvido em questões globais, como o combate à mudança climática e a promoção do desenvolvimento sustentável.

O que são países emergentes?

Países emergentes são países que apresentam um crescimento econômico acelerado, com potencial de se tornarem economias desenvolvidas.

Esses países geralmente possuem grandes mercados consumidores, recursos naturais abundantes e uma população jovem e em crescimento.

Alguns exemplos de países emergentes incluem Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul.

Esses países são responsáveis por uma parcela significativa do crescimento econômico global e estão desempenhando um papel cada vez mais importante na economia mundial.

O que é o G7?

O G7 é um grupo informal de sete países industrializados: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. O grupo foi criado em 1975 para discutir questões econômicas e políticas internacionais.

Os países do G7 são as maiores economias do mundo, representando cerca de 40% do PIB global. Eles também são importantes atores políticos e militares.

O G7 se reúne anualmente para discutir uma ampla gama de temas, incluindo economia, política, segurança, meio ambiente e desenvolvimento. O grupo também atua como um fórum para coordenar políticas entre os países membros.

O G7 é um importante ator na economia global e suas decisões podem ter um impacto significativo no mundo.

Quais os principais dados analisados no PIB?

O Produto Interno Bruto (PIB) é um indicador econômico que mede o valor total de bens e serviços produzidos em um país ou região em um determinado período de tempo. O PIB é um dos indicadores mais importantes da economia, pois fornece uma visão geral da atividade econômica de uma região.

Os principais dados analisados no PIB são:

  1. O valor da produção: O valor da produção é o valor monetário total de todos os bens e serviços produzidos em um país ou região em um determinado período de tempo. O valor da produção é calculado multiplicando a quantidade de cada bem ou serviço produzido pelo seu preço.
  2. O valor da produção por setor: O valor da produção por setor é o valor monetário total de todos os bens e serviços produzidos em um determinado setor da economia em um determinado período de tempo. O valor da produção por setor fornece informações sobre a importância relativa dos diferentes setores da economia.
  3. O valor da produção por pessoa: O valor da produção por pessoa é o valor monetário total de todos os bens e serviços produzidos em um país ou região em um determinado período de tempo, dividido pelo número de pessoas que vivem nesse país ou região. O valor da produção por pessoa é uma medida da riqueza de uma população.

Além desses dados, o PIB também pode ser analisado em termos de sua variação ao longo do tempo, sua composição por setores e sua distribuição entre os diferentes grupos da população.

O PIB é um indicador importante, mas é importante ter em mente que ele não é um indicador perfeito da economia. O PIB não leva em consideração a distribuição da riqueza, a qualidade de vida e a sustentabilidade ambiental.

Por que a lacuna entre o G7 e o BRICS continua a crescer?

O bloco BRICS passou por sua primeira expansão em mais de uma década para incluir seis economias adicionais: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Irã, Egito, Etiópia e Argentina.

Junto com os "membros antigos", China, Índia, Rússia, Brasil e África do Sul, o grupo de nações em desenvolvimento representou 36,4% do PIB global, medido em paridade de poder de compra, em 2022.

O PIB agregado do bloco expandido é projetado para aumentar nos próximos anos, com a lacuna entre o BRICS+ e o G7 também se ampliando, eventualmente chegando a US$ 24 trilhões em 2028. No ano passado, essa lacuna era um pouco menos de US$ 10 trilhões.

Embora a contribuição dos novos membros seja relativamente pequena - eles representaram cerca de 13% do PIB do BRICS+ em 2022 - eles ainda contribuirão para a expansão econômica do grupo.

Por exemplo, de acordo com as projeções do FMI, a Etiópia deve se expandir a uma taxa de crescimento do PIB real de 6,4% em 2024, seguida de perto pela Índia e pela China. Por outro lado, o G7 (Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Alemanha, França, Itália e Canadá) deve crescer 1,1% em 2024.

Gráfico comparativo de lacuna entre o PIB do G7 e do BRICS

 

Qual o cenário real do BRICS+ com essa estratégia?

Apesar das ambições dos governos do BRICS+ de se posicionarem como um contrapeso ao "Ocidente", o grupo ainda está longe de alcançar o PIB per capita do G7.

No G7, o PIB per capita era superior a US$ 60.000 em 2022, enquanto o valor mais alto no grupo BRICS+ era de US$ 38.000 nos Emirados Árabes Unidos (últimos dados de 2020).

O padrão dentro do bloco varia significativamente. Por exemplo, a Índia, que deve ultrapassar a China em termos de população em 2023, reportou um PIB per capita de apenas ligeiramente superior a US$ 2.000 no ano passado.

PIB por Paridade do Poder de Compra

 

Qual a previsão das Nações Unidas sobre este cenário?

Do ponto de vista da população, a participação do BRICS+ deve encolher, com a China sendo o motor do declínio. Por outro lado, a população da Etiópia deve aumentar em quase 100 milhões de pessoas no longo prazo, para atingir 214 milhões em 2050, de acordo com as previsões da ONU.

Qual a visão de economistas sobre as influências destas adições ao BRICS?

Segundo nossa economista e Gerente de Produto responsável pelo CEIC, Cristiane Mancini, a inclusão dos 6 países (Argentina, Egito, Irã, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes) apresenta dois possíveis resultados: 

  1. Promover negociações com economias mais desenvolvidas, bem como elevar a influência geopolítica da China, não assegurando evolução no comércio exterior brasileiro.
  2. Com os novos entrantes também reduz a participação individual – de cada país - na tomada de decisões. Além de que a China indubitavelmente permanecera sendo o país com maior influência mundial, inclusive com a nova formação (BRICS+).

Importante ressaltar que até o momento o bloco como um todo não possui acordos bilaterais tão pouco multilaterais, o que indica que não apresentou significância alguma.

O grande desafio será promover o comércio internacional em um grupo de países com tantas divergências culturais, políticas e monetárias.

Estas previsões foram embasadas no CEIC, uma plataforma de dados Macroeconômicos e Microeconômicos, que possuem uma grande gama de fontes confiáveis criadas em países de mercados emergentes acuradas.

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